Vômito de Metáforas | O Amante de Xi Jinping, Caricatura do Imperador Ming. (Ou Flash Gordon Não Mora Mais Aqui)

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Barata Cichetto

Nunca houve nada que comecei. E não terminei. Que pensei. E dispensei. Porque aquilo que não sei. Deixo sem saber. E saio para beber. Antes de enlouquecer. Ou esquecer. Daquilo que posso ser. E perecer. Antes de nascer. Sempre termino o começado. Mesmo ameaçado. Sempre concluo o iniciado. Por ser viciado. Em conclusão. Por exclusão. Do malfadado. Espírito de soldado. Mal armado. Mal amado. E um tarado. Por natureza. Da certeza. Da incerteza. De que existe beleza. Na tristeza. De algo sempre acabar. Antes de terminar. Sempre prezo por concluir. E até incluir. Os erros que cometo. Quando prometo. Jamais terminar. Porque detesto conjugar. O verbo amar. Que só rima com o mar. Quando eu chamar. Meu espírito de poeta. Na hora incerta. De me deitar. E aceitar minha nulidade. Que na verdade. É por causa da idade. Que teimo em chamar. Urubu de meu louro. Vestir minha jaqueta de couro. E brincar de fazer o que esqueci como é feito. Porque de todo jeito. Minha cabeça trava. O que agrava. O problema da confusão. Da conclusão. Porque agora meu tesão. Embora não seja proibido. Tem a libido. Então pouco tenho ido. Ao poço de Izabel. Colher frutos de mel. E me esborrachar no bordel. Daquela buceta encantada. De uma tarada. Malcriada. Encharcada. De tesão. E faço confusão. Do seu tesão. Com a infusão. E mordo sua vagina. Que ela imagina. Ser coisa fina. Como a de Cristina. E atina. Que minha canseira. Desgraceira. É por conta do mal. Que quiseram me causar. E até conseguiram. Me matar. Mas como sou Barata. Ando na fechada mata. Sem suicidar. Sem pular. Do Pontilhão da Barroso. E cometer ato horroroso. Desastroso. Que apenas ao horroroso. Prefeito mentiroso. Que chupa o pau do Mal. O Novededos anormal. E tem tantos segredos. E medos. Que a ninguém pode contar. Comer e coçar. É só começar. Como diz a crença popular. E se um dia eu pular. É porque quero anular. Aquilo que fui. fui por ter sido. Então fui por ter ido. Sem ter concluído. Minha vingança. Contra o ladrão de esperança. E de criança. Que não me deixa dormir. Nem concluir. E me faz todo dia. Por ódio ou covardia. Querer ir. Progressismo não traz progresso. Conservadorismo é retrocesso. E ainda penso no processo. Do Congresso. Que mata a míngua. Aquele que a língua. Ousou usar. Abusar. Da liberdade. Como se fosse ela uma deusa. Santa de andor sem milagre. Apenas vinagre. E sem quem a consagre. Como Verdade. Como a Liberdade. Outra santa carregada no andor. Na boca do ditador. E do Imperador careca. Que de cueca. Atende o deputado. Que foi sepultado. E é culpado. Pela Ditadura. Pela Magistratura. A linha dura. Que arde mas não cura. E é tão segura. Quanto a sala escura. Onde apanha o prisioneiro. De Janeiro. Enquanto o companheiro. Amante do dinheiro. Hasteia a bandeira vermelha. Que em tudo se assemelha. Com sangue de ovelha. A lhe alimentar. E assim. Por dizer sim. Ao perverso. Ditador do Universo. Mata meu verso. Que é seu inverso. E por controverso. Então o Imperador xingling. Amante de Xi Jinping. Caricatura de Ming. Ainda não enfrentou Flash Gordon. No Planeta Mongo. Nem no Congo. Ainda acredita na perenidade. Sem pensar que a idade. Ele não pode prender. Nem repreender. E ele pensa. Que sua recompensa. Será o máximo poder. Mas parecer não entender. Que o manto preto da morte. Por sorte. Parece uma toga. Tão em voga. Que não usa droga. Nem pratica Ioga. E na igreja e na sinagoga. Carregou até o único Alexandre Grande. Que mesmo assim era pequeno. E cujo veneno. Foi querer o mundo. E por ser um imundo. Deixou a vaidade. E a homossexualidade. O conduzir. Induzir. Produzir. E já que pau que bate em Chico. Tem que bater em Francisco. Retiro do olho o cisco. E chamo o Paladino. Apenas um menino. Que possa me vingar. Das torturas dos rebentos. E dos tormentos. Que tive que carregar. E quem possa alegar. Que não termino. Examino. O que estimo. E dito o final. Das metáforas vomitadas. Que decerto serão imitadas. Quando enfim eu me matar. Por desgosto. Ou suposto. Crime de reclamar. De quem não é capaz de acalmar. A revolta. E ainda se volta. Com lhe deu de mamar. E chupa a rola do pai. Sem um ai. Num incesto perigoso. E de mãe chama a terrorista. E de artista. Aquele que reza ajoelhado. Nas barbas do condenado. Sentenciado. E depois libertado. E que continua sendo culpado. Pelo meu desencarne. E pela carne. Que é apenas osso. No fosso. Da escravidão. Assim disse Barata. Aquele que não morre. E de quem se socorre. Os filhosdaputa maldita. Que ainda acredita. Em ressurreição. E num Deus boneca de pano. Cujo único plano. É ainda este ano. Levar minha carcaça ao Cemitério das Cruzes dos Britos. Porque ser igual aos cabritos. Não é condição. Nem contradição. Mas oposição. Ao Maior Ladrão da Nação. Condenado por corrupção. E libertado por opção. Por quem nunca deixou nada a terminar. Nem de desanimar. Nem de seu próprio deixar de ser. E de esquecer.

28/04/2024

Barata Cichetto, 1958, Araraquara – SP, é poeta, escritor. Criador e editor do Agulha.xyz, e Livre Pensador.

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