Por que meu pai não me ensinou sobre ter dentes brancos,
Construídos em bandejas de caviar, ou qualquer iguaria de paladar duvidoso
Eles são bem vindos em majestosas salas de estar
Abrem as portas celestiais dos paraísos pagãos.
O hálito limpo, em tons mentolados parecem ter direito aos pecados
Nada é mais nobre do que uma boca com 32 dentes de brancura invejável
Eles são dignos das infâmias e das mentiras de cores padrão.
Nada é tão vermelho quanto ao sangue, que escorre lentamente das feridas abertas.
Tudo que vem de uma boca de dentes brancos, é plausível ao amanhecer.
Já perdida a naturalidade branca, de minha arcada dentária,
Que nos reste algo de limpo, de branco impecável,
para demonstrações filosóficas de pureza virginal
Talvez, só os ossos, me sirvam de salvo conduto a miséria das ruas
Nada mais é branco no espelho dos dias.