O senso estético está enquadrado nos cantos das rachaduras
das molduras dos espelhos de vidro.
Sapatos de cristal não suportam ranhuras, quebram em partes desiguais.
As modelos das passarelas, pisam em pedras pontudas,
Sangram os dedos, como os das bailarinas extenuadas.
Qualquer corpo de baile, sapateia em músicas cegas.
A ária das óperas, não reverberam em ouvidos plebeus.
A moda agora, é usar as roupas do avesso,
Assim as etiquetas ficam visíveis a língua dos juízes vizinhos.
Dedos apontam a direção, muito mais rápido que as placas da esquina.
Tudo cheira mal, depois do prazo de validade.
Ninguém resiste as experiências de pós mortem.
Um ponto final, não se carrega além da frase.
Reticências são ilusões de alguém.
Os leitores dos códigos de barras, não são analfabetos.
O catálogo de cores, dá a escala de pretos , até os brancos pastéis.
Não se foge ao nome dado, nem aos obituários de jornais.
As paredes tortas carregam em seu ventre,
Lindos quadros lisos, de cantos estreitos.