Não queria nada a mais além de me doar
Vida é o momento,
E é o que eu posso fazer: Viver,
Quais jardins floriram em mim, rosas-selvagens, absinto, no ambiente mágico de compor a substância da cor?
O desafio de entender o que virá, ainda que nem acredite no amanhã, persiste.
As incertezas não me definem nada,
O sentindo do caos é consequência do descaso,
Primo-irmão do acaso,
Mas há essa canção que não me sai dos lábios
Quem a fez? Uma boca que como eu precisava dizer algo ao mundo,
Coisas belas, novas eras, descolar os pés do chão,
A música que recolhe as ervas daninhas,
E liga dois polos ausentes,
Os que adoram o agora, ou o amanhã,
Dobro – me para ouvir esse som que me apazigua a alma
Trocando versos com os imprevistos
Mas que dê aos mudos, palavras e ouvir aos surdos,
Que dê aos corações transpassados pela dor algo para crer,
Que nos abra algum caminho neste embaraçado de espinhos
Neste dilúvio de percepções desencontradas,
E algum gesto de condescendência as alma cansadas de si
Este poema me dá um choc na Alma. Me trás o tempo de volta, um sonho de olhos abertos.