Um homem não pode aceitar sua sina, suas maldições, ou será destruído por elas.
Queimado em carne viva, malogrado pelos deuses da devassidão e danação
Deixado a própria sorte, em uma esquina desabitada,
Enrolado em seu cordão umbilical.
Um homem simplesmente não pode aceitar seu cabresto, como se gado fosse
Seguindo o séquito das notícias de um jornal.
O matadouro é adiante, na rua principal
Entre os jardins de camélias e rosas vermelhas.
As flores da estação, servem ao enfeite dos fins.
Sob a batida do chicote de mil homens de antes.
O medo da alma é o algoz dos sonhos.
As cicatrizes das correias do tempo, dos sangramentos uterinos
Revelam-se em espelhos das casas tortas.
Não existem paredes brancas e imaculadas
Testemunhas dos pecados da sobrevivência.
A fama e a glória de um guerreiro, constrói sua própria verdade
Por onde se andam os pés descalços, sobre as areias quentes.
Perder a pele, nada mais é do que morrer um pouco do que foi diferente
Uma nova casca que se reveste se leva ao adiante
A crosta que resiste.